A escolha da Se-ri e a mentalidade do capitão.
Nem sempre o destino dá pistas, mas a escolha tem voz.
Não basta cair de paraquedas para — pimba! — pousar no amor, assim, do nada. Leva-se uma vida inteira para chegar ao amor com os pés firmes. A estrada é longa e, mandando a real, é uma caminhada que não tem fim. Uma coisa é certa: o amor é um destino ao qual se chega definindo muito bem as escolhas. Falando nisso...
"A Escolha da Se-ri"
Aqui não cabem dúvidas. O nome da marca expressa exatamente o que Se-ri faz. "Escolha" está em maiúscula porque, nesse cenário, ela aparece em pleno domínio da situação. Suas decisões refletem uma mulher de negócios bem-sucedida e competente. Revelam também um mundo à mercê dos seus caprichos.
Bem, essa é a Se-ri antes do furacão que a jogaria — sem lenço e sem documento — na Coreia do Norte.
A nova escolha da Se-ri
Um belo dia, bate um vento forte e a leva a rumos imprevistos, onde parece não haver a menor chance de escolha. Ih, já era pra você, Se-ri! Será mesmo? Que nada. Sobreviver é, por si só, uma escolha. A partir dessa experiência pra lá de desconfortável, a sul-coreana não apenas sobrevive — ela renasce.
Depois do furacão, surge a nova escolha da Se-ri. Não mais a grife glamurosa, mas uma escolha com “e” minúsculo. Um dia de cada vez. Talvez menos deslumbrante do que “A Escolha da Se-ri”, a marca — mas feita com sutileza, sem o amparo de números ou estatísticas de mercado. Aqui o buraco é mais embaixo. A emergência exige decisões para ontem. Nada de deixar questões existenciais para depois daquele bom banho de espuma.
O furacão é daqueles “acorda, menina!”. E o que vemos é um novo capítulo na vida da protagonista, cujo título poderia muito bem ser: “O triunfo da escolha sobre o destino.” Que bela virada de página!