À deriva: quem nunca se sentiu assim? Perdido, sem rumo, como uma folha levada pelo vento ou um plâncton em um oceano infinito. É justamente esse estado de vulnerabilidade e busca que Mr. Plankton1 nos convida a explorar: uma reflexão sobre estar perdido enquanto tentamos encontrar um refúgio que nos ancore.
Antes de tudo, um aviso: este é um conteúdo de análise, e spoilers estão à espreita ao longo do caminho. Se isso for um problema para você, nossa sugestão é assistir ao drama primeiro e depois retornar para conferir nosso trabalho. Afinal, queremos que sua experiência seja completa!
A série original da Netflix Mr. Plankton é uma comédia dramática romântica que combina ironia, delicadeza e intensidade ao contar a história de Hae-jo, um homem cuja vida é definida por uma origem conturbada, e Jae-mi, uma mulher que acredita carregar o peso de um azar implacável.
Com roteiro de Cho Yong, a mente brilhante por trás de Tudo Bem Não Ser Normal, e direção de Hong Jong-chan, responsável por dar vida a Dear My Friends, a produção combina uma escrita profundamente sensível com uma direção precisa. O resultado é uma combinação pra lá de criativa entre emoção genuína e puro entretenimento.
Embora o romance tenha o seu lugar de destaque, Mr. Plankton foge ao esperado logo nos episódios iniciais. Não espere um início marcado por cumplicidade ou sorrisos solícitos entre os protagonistas. Pelo contrário: a história começa de forma ousada, com Hae-jo sequestrando Jae-mi. Essa escolha narrativa desafiadora convida o público a uma pergunta: será possível simpatizar com Hae-jo ou suas razões permanecerão indefensáveis até o fim?
O sequestro inicial de Jae-mi em Mr. Plankton não é fácil de digerir, nem pretende ser. Mas, ao fazer isso, a série nos força a questionar: o desconforto é necessário para gerar reflexão? E, mais do que isso, como as histórias podem nos convidar a explorar a complexidade da condição humana – mesmo quando não há respostas fáceis ou finais reconfortantes?
Um adendo: aqui no DD&Fun, acreditamos que é essencial permitir que a história se desenrole no seu tempo. Há uma sequência de fatos que precisa ser contada e refinada para que o conjunto faça sentido. Assista com paciência, mas sem abrir mão do senso crítico. Se, ao final do drama, nada fizer sentido ou faltar coerência, então, sim, as críticas terão fundamentos sólidos e argumentos bem embasados. Até lá, vale a pena dar à narrativa a chance de se provar.
Comédia, drama ou história de amor, a série é uma jornada no sentido literal e figurado. Ela termina exatamente onde começou, tal qual a vida. O drama remete à estrutura de um clássico road movie. É esse movimento a esmo, com todas as suas paradas inesperadas e circuitos emocionais, que dá corpo à narrativa e mantém o espectador interessado.
O primeiro ato de Mr. Plankton nos joga direto na crueza da vida, encapsulada na figura de Hae-jo. Ácido, com um charme amargurado e um desinteresse que parece calculado, ele carrega um ar de malandragem. Mas essas qualidades, que à primeira vista parecem defini-lo, revelam-se apenas uma fachada: uma máscara de autoproteção para esconder a carência emocional que o acompanha desde a infância.
A narrativa, construída entre diálogos precisos e momentos carregados de significado, convida-nos a olhar além do Hae-jo do presente. Contando com breves flashes do passado, ela nos convence a enxergar o potencial do homem que ele pode se tornar. Assim, percebemos que a jornada do drama não é apenas geográfica, mas também profundamente interior.
Woo Do Hwan, já conhecido por seus papéis intensos em Meu País, Cães de Caça e Rei Eterno, entrega uma atuação multifacetada, apresentando-nos à vida de um filho rejeitado pelo próprio pai que o enxerga como uma mancha na família meticulosamente planejada.
A origem de Hae-jo é revelada de forma tão inusitada quanto devastadora: ele foi concebido por fertilização in vitro, mas um erro na clínica trouxe uma reviravolta inimaginável — ele não é biologicamente filho de seu pai. Contudo, o verdadeiro golpe não é a descoberta em si, mas a rejeição implacável de seu pai ao encarar o fato. Imagine a posição de um filho que não pode reivindicar a própria origem.
Assim, Hae-jo é lançado em um limbo existencial, transformado em um ser sem raízes, com sua história pessoal mutilada e reduzida a fragmentos desconexos, longe da linearidade familiar de uma biografia tradicional.
Essa tragédia, entrelaçada com nuances de injustiça e azar, esculpe a amargura e o cinismo que refletem sua personalidade. E, como se o destino quisesse acelerar o desfecho de sua narrativa, Hae-jo descobre que tem apenas três meses de vida devido a uma malformação cerebral. Frente à finitude iminente, ele decide usar o pouco tempo que lhe resta para confrontar o mistério de sua origem e, talvez, encontrar algum sentido em meio ao caos.
É nesse ponto que o caminho de Hae-jo cruza novamente com o de Jo Jae-mi (vivida por Lee Yu-mi). Separados há três anos, os dois têm uma relação marcada por feridas não cicatrizadas. Jae-mi, prestes a se casar com um membro de uma família tradicional, vê sua vida desmoronar ao ser diagnosticada com menopausa precoce. Para alguém que sempre sonhou em construir uma família, não poder gerar um herdeiro é um golpe devastador — especialmente em um ambiente familiar que valoriza obsessivamente a continuidade da linhagem.
E então vem o grande divisor de águas do drama: no dia do casamento de Jae-mi, Hae-jo a sequestra e a força a acompanhá-lo em sua viagem. Esse evento causou comoção e resistência no público, levantando questionamentos sobre a ética desse enredo. Seria essa uma romantização problemática de uma violência?
Segundo o diretor Hong Jong-chan, a intenção foi explorar a profundidade emocional dos personagens. Em entrevista, ele disse que:
“A última jornada de Hae-jo começa de forma impulsiva, e a companhia de Jae-mi pode parecer forçada. Mas, ao olhar de perto, percebemos que há sentimentos profundos e não expressos entre eles. São personagens moldados por carências, e a jornada os ajuda a compreender que não conseguem viver um sem o outro. Essa evolução era algo que eu realmente queria transmitir ao longo da história.”
Transformar um sequestro em romance exigiu um trabalho meticuloso de roteiro, direção e atuação. O roteirista Cho Yong, com seu texto cínico, mas carregado de calor humano, e a direção de Hong, que suaviza a melancolia com uma fotografia iluminada e cenas na estrada que evocam liberdade, criaram um terreno fértil para que os personagens ganhassem autenticidade.
Quando nos perguntamos por que o roteirista escolheu caminhos que jamais imaginaríamos, é hora de respirar fundo e pegar a lente de aumento, porque, a menos que o roteiro tenha realmente falhado, a resposta está lá, dentro da própria história. E aqui, ela aparece logo nas primeiras cenas. Quando Hae-jo revela o seu maior medo. E não, não é apenas o medo de ser abandonado. O que ele realmente teme é morrer sozinho. “Agora são só vocês dois. É melhor morrerem juntos, ao mesmo tempo. Não deixem o outro sozinho.” Ele diz isso aos dois peixinhos que ainda restam no aquário.
O cenário emocional de Hae-jo ganha forma na simbólica cena dos peixinhos. Por isso, ao receber o diagnóstico de que seu tempo neste mundo está chegando ao fim, ele decide procurar Jae-mi, incapaz de encarar essa travessia sozinho.
Já ouviu a frase "situações desesperadas exigem medidas desesperadas"? Foi exatamente nesse pensamento que Hae-jo se apoiou para justificar sua escolha. E, claro, ele precisava de uma razão convincente — encontrou no dilema de Jae-mi a desculpa perfeita: Você vai mesmo seguir com uma vida de mentiras? Casar sabendo que não pode ter filhos em uma família que exige a continuidade da linhagem? Assim, ambos se viram diante de uma encruzilhada na estrada que trilhavam. Qual a direção a tomar? Enquanto as respostas não vinham, pé na estrada! E foi a partir desse ponto que começou a jornada que mudaria a vida de ambos para sempre.
O esforço quase alquímico de transformar algo negativo em belo é recompensado em cada parada onde aventuras, conflitos e perigos se cruzam até que a relação de ambos enfim, se restaure.
Haejo é a personificação do plâncton. Um ser errante, vagando sem ancoragem, carregando um imenso vazio existencial. É impossível não enxergar em Woo Do Hwan a encarnação natural desse personagem. Sua interpretação transforma Haejo em um andarilho cuja desconexão com o mundo o torna vulnerável, irritante e humano. E não é curioso como "errante" e "andarilho" são justamente as acepções gregas da palavra plâncton? É a essência de Hae-jo, capturada em um simples termo.
A analogia com o plâncton é a chave para decifrar Haejo. Quando Woo Do Hwan, em entrevista recente para divulgação do drama, afirma que a frase "nascido por engano" define seu personagem, ele revela um universo interno marcado pela rejeição e pela ausência de amor. Como o plâncton, Haejo está à deriva, movido pelas correntes do acaso. Ele sobrevive, flutua, mas nunca encontra algo que o fixe — um lugar, uma pessoa, um propósito.
Esse "andarilho dos oceanos" espelha o que Haejo sente profundamente: a busca por pertencimento. Ele tenta encontrar significado nas coisas simples, mas nunca escapa do vazio que o consome. Sua jornada é uma estrada solitária, uma constante tentativa de preencher lacunas com pequenas alegrias efêmeras.
Haejo é aquele que caminha sem saber se algum dia encontrará algo que o faça sentir-se suficiente, ou mais ainda, digno de amor. Essa carência faz dele um alvo fácil para fraudadores e o coloca em inúmeras armadilhas, onde sua natureza desorientada inevitavelmente o leva a tropeçar. E, claro, os problemas o acompanham em cada trecho de estrada por onde ele passa.
Perceba o jogo de perspectiva traçado com a ponta afiada da ironia. No início, quem persegue Haejo não é alguém que o ame ou se importe com ele. Pelo contrário, são os noivos das mulheres que ele raptou. Um deles está atrás do dinheiro que sua noiva levou ao fugir. O outro, noivo de Jae-mi, busca resgatá-la com o único propósito de devolvê-la à vida de antes, ao lado dele.


A história de Haejo ressoa muito com a narrativa de Cinderela Chinesa2, o relato autobiográfico de Adeline Yeh Ma. Ambas são histórias marcadas pela rejeição e exclusão, moldando personagens que, mesmo em meio a ambientes hostis, revelam seu valor essencial. Assim como Adeline, Hae-jo, relegado às margens, carrega uma existência cujo significado transcende sua própria compreensão. Ele é o espelho de todos aqueles que se sentem invisíveis. Adeline não participou de grandes bailes e não se valeu de carruagens para aliviar a sua caminhada. Mas soube fazer das pedras do caminho um castelo de esperança, perdão e resiliência. E quanto ao Hae-jo? Será que encontrará tempo suficiente para fazer da correnteza um parque aquático?
Acreditem no valor desse homem! Mesmo que, como um plâncton, não se atenha a um lugar fixo, ele acumula histórias em cada uma de suas jornadas. Boas ou ruins, elas formam quem ele é. Às vezes, sua vida brilha como um farol tímido nas profundezas, outras vezes se dissolve na vastidão do azul, tornando-se parte de algo infinitamente maior. Não será assim com toda a humanidade?
Em Mr. Plankton é assim. A história de todo mundo importa. O drama é praticamente uma galeria de personagens que carregam em si a metáfora do plâncton: todos à deriva e carentes de pertencimento. Cada um deles carrega sua bagagem emocional, em busca de um porto seguro que teima em escapar.


Até John Na, o mais mecânico e robótico dos personagens, revela seu desejo por um lar — um lugar para chamar de seu.
Mas, falemos de Jae-mi, uma personagem cuja dualidade entre luz e sombra é explorada com muita delicadeza, até nos sapatinhos. Sua atuação nos conduz por uma miríade de emoções — rimos e choramos ao mesmo tempo, tocados por uma ternura que permeia sua luta constante em evitar o caminho mais fácil. O nosso palpite é de que os sapatinhos a representam por isso.
Qual o caminho a seguir dependerá da escolha dela. Essa teimosia, embora frequentemente a coloque em situações difíceis, revela algo maior. A vocação maternal de Jae-mi, como nos revela o enredo, vai além dos laços de sangue. Ela se estende generosamente a todos ao seu redor, como um abraço acolhedor que não exige nada em troca, apenas oferece cuidado e conforto.
Quando Jae-mi sequestra Hae-jo do hospital, seus passos seguem com determinação. Aqui, vemos o espelhamento: a história se repete, mas não se trata apenas de dar o troco. As motivações permanecem, mas o papel de agente se inverte, simbolizando o apoio mútuo para superar enrascadas. Jae-mi sabe que Hae-jo não quer passar seus últimos momentos encarando o teto de um hospital.
Por mais absurda que pareça, sua ação segue a lógica das medidas desesperadas e reforça como seus temperamentos se complementam, algo já evidente em várias situações. Nesse contexto, o espelhamento não só revisita o passado, mas sinaliza transformação: a repetição do cenário inicial revela que Jae-mi mudou. Ela já não se contenta em seguir o fluxo; agora quer decidir o rumo da própria história.
Oh Jung-se, conhecido pelo seu trabalho magistral em Tudo Bem Não Ser Normal, interpreta Eo Heung, um personagem que tinha tudo para ser um antagonista, mas surpreende ao oferecer misericórdia e compaixão por onde passa. A interação dele com os protagonistas não só muda seus próprios destinos como também ressignifica suas relações. Ele se torna uma figura paterna postiça para Hae-jo e Jae-mi, preenchendo as lacunas emocionais que ambos carregam.
Eo Heung é um homem de meia-idade que pouco conheceu do mundo, em razão de uma criação materna excessivamente protetora. Nas palavras do diretor, Eo Heung vive uma série de "primeiras vezes" ao longo da trama. O primeiro amor, a primeira despedida, a primeira fuga de casa, e, finalmente, o primeiro contato com a liberdade de viver plenamente. Ele enfrenta os desafios como um cachorrinho assustado, mas, em momentos de crise, se transforma em um tigre obstinado. No entanto, ao longo da história, ele demonstra coragem em várias situações, provando que já possui o que tanto almeja.
O diretor usa o "caminho" como uma metáfora poderosa para o crescimento pessoal e coletivo. É na estrada que os problemas são resolvidos. É na estrada ou na rua que os personagens enfrentam seus medos, superam suas diferenças e encontram momentos de cura. Eles começam em confronto, mas terminam reconciliados, seguindo suas próprias jornadas com um senso renovado de valor e propósito.
A roteirista Jo Yong expressa isso com clareza: "Queria transmitir que não existe ninguém neste mundo que não deveria ter nascido." E assim, o drama nos lembra que até os gestos mais insignificantes podem trazer felicidade a alguém.
O último episódio encapsula essa mensagem de forma sublime. Haejo observa seus amigos celebrando uma festa incomum, cheia de pessoas excêntricas, todas reunidas por causa dele. O que une esse grupo tão diverso? Todos estiveram ao lado de Haejo em seus momentos de maior vulnerabilidade, se importaram com ele e, de certa forma, o salvaram de si mesmo. Nesse instante, ele percebe, talvez pela primeira vez, o valor de sua própria existência.
Ainda que sua jornada tenha um desfecho trágico, há uma beleza inegável no final: Haejo encontra respostas, paz e a completude que tanto buscava. Já ouviram falar em percepção de figura e fundo? Quando nos colocamos no fundo, abrimos espaço para que novas ideias e perspectivas emerjam. Ao olhar para suas circunstâncias sob a luz de uma nova perspectiva, Haejo descobre um senso de pertencimento e propósito, como se finalmente compreendesse sua missão no mundo.
Este momento de clareza redefine sua atitude. Nas cenas seguintes, Haejo assume o controle de sua vida, enfrentando o medo que mais o paralisava: o abandono. O último episódio nos presenteia com momentos de puro ouro, como a emocionante reconciliação de Hae-jo com seu pai, é uma explosão de sentimentos, não é mesmo? A alternância entre as diversas fases da vida de Haejo — adulto, adolescente, criança e novamente adulto — amplifica a visão 360° dessa jornada, que se revela como um ciclo no limite entre o ocaso e o amanhecer.




Aqui, o drama se transforma, mudando até de gênero. Torna-se uma viagem no tempo, um movimento para purificar memórias dolorosas, afastar o abandono e reconstruir o lar — não apenas o espaço físico, mas o abrigo da alma. A força curativa dessa cena é incontestável, capturando a essência de uma vida que encontra paz ao se reconciliar com suas dores e fragilidades.
Jae-mi, por sua vez, enfrenta seu grande confronto com a mãe que a abandonou. O roteiro, claro, nos prepara para o reencontro emocional e catártico. Mas, como a vida, nem tudo segue como planejado. Nem todo rancor pode ser resolvido, nem toda ferida pode ser curada. Ainda assim, o encontro funciona como um interlúdio significativo que prepara o terreno para o desfecho.
É nesse momento que compreendemos o papel essencial de Jae-mi nessa viagem. No início, a partida acontece de forma atabalhoada e marcada pela urgência inarticulada de Haejo, que sequer consegue transformá-la em um convite que conquiste a aquiescência de Jae-mi. Contudo, à medida que a jornada avança, os dois encontram uma conexão profunda, ancorada no reconhecimento de que são, de certa forma, as raízes um do outro.
No fim, Haejo e Jae-mi descobrem que o lar que buscavam não é um lugar, mas o movimento em si. Sua essência é a liberdade, simbolizada pelo céu infinito que, para Haejo, poderia muito bem se chamar Jae-mi.
Hae-jo viveu como um plâncton, flutuando próximo à superfície, onde a luz o alcançava. A gravidade era uma ameaça silenciosa, sempre prestes a arrastá-lo para as profundezas escuras. Ele se movia com as correntes, nunca escolhendo seu próprio curso, dependente de forças externas para se manter à tona.
Mas, no último suspiro, a gravidade o encontrou. Não como vilã, mas como a revelação de um propósito maior. O peso, que antes parecia um fardo, tornou-se significado. Cada momento vivido, cada escolha feita ou adiada, desceu como um raio de luz até o fundo de sua consciência, iluminando o que parecia inalcançável.
No fim, Haejo deixou de flutuar. A gravidade, que antes ele temia, deu forma à sua passagem deste mundo, transformando o que era fluido demais em algo eterno.
Assim como em Love Story (1970)3, onde a morte de Jenny evoca uma melancolia inevitável, o fim de Mr. Plankton carrega um tom semelhante. A referência é clara, não apenas pela cena da brincadeira na neve. Love Story não é um road movie, mas, sob uma perspectiva simbólica, carrega as características de uma jornada emocional e existencial. A história leva Oliver e Jennifer por um percurso íntimo e transformador, onde cada etapa de seu relacionamento se torna uma "parada" marcante, repleta de descobertas, sacrifícios e reflexões sobre a vida e o amor.
Em ambas as narrativas, o roteiro dessa "viagem" os guia por cenários luminosos e trechos sombrios da estrada, onde a fragilidade da vida os força a encarar o horizonte incerto. Cada parada, seja uma decisão impulsiva ou um momento de aceitação, os aproxima do destino final: o entendimento de que o amor verdadeiro não reside no destino, mas na jornada compartilhada.
A morte de Haejo, embora prematura, deixa um legado transformador. Ele não vive, mas as memórias que construiu permanecem, como a roteirista pontua:
"Neste mundo não existe um final eterno porque as memórias dos que viveram ainda estão misturadas conosco. Nossa série é 'sem fim'."
Assim, o drama encerra em tons nevados, desenhando o fim de um ciclo de vida com delicadeza e profundidade. Em síntese, a história de Mr. Plankton é sobre a falsa percepção de si mesmo e sobre como, muitas vezes, as qualidades que procuramos fora de nós mesmos já estão presentes em nosso interior. Sua jornada é emocionante e profundamente humana, um arco de crescimento construído com sutileza e sensibilidade.
Como as algas marinhas que flutuam ao sabor da correnteza, Haejo e seus amigos nos lembram que até as vidas mais frágeis têm seu lugar no vasto oceano da existência, que a felicidade mora em lugares inesperados, e que é possível encontrar significado no simples ato de seguir em frente.
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O seu Texto sobre o Dorama Mr. Plankton, está irretocável: A sua Escrita, induz ao leitor, sentir, incorporar, e reviver, quase que de forma ("realista"), os sentimentos das Almas dos Personagens.